sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Blur - Parklife (1994)



Quando o Blur começou a gravar o álbum Parklife estava com sérios problemas financeiros. O álbum anterior, Modern Life Is Rubbish, havia sido basicamente ignorado pelas massas (mesmo que fosse adorado pelos críticos) e o grupo precisava desesperadamente de um sucesso. Em um gesto de típica teimosia, uma de suas ideias para o novo trabalho tinha sido o de intitulá-lo Soft Porn e colocar na capa uma fotografia do Palácio de Buckingham.
Felizmente, o disco que viria a personificar a essência do gênero conhecido como britpop continha um arsenal de sucessos bem cuidados e devia muito do seu cinismo aos Kinks dos anos 60, assim como à emergente cultura agressiva dos 90. A capa também havia sido conscientemente trabalhada: uma fotografia de dois greyhounds de dentes arreganhados simbolizava o ponto-chave do álbum: esta era uma nova e afiada raça de britânicos. Na contracapa, os integrantes do Blur eram retratados como herois da classe operária, no estilo mod, assistindo a uma corrida de greyhounds no Estádio de  Walthamstow.
Ainda não tendo entrado em “guerra” com o Oasis, o quarteto inaugurou o estilo com uma versão inglesa de pop que podia ser melancólica (“End Of A Century”), thrash (“Bank Holiday”) ou desafiadora – “Parklife”, a música de abertura narrada pelo ator inglês Phil Daniels, conhecido por sua participação em Quadrophenia.
Quase no final do disco, “This Is A Low” até hoje é um dos maiores feitos do grupo: a letra, inspirada numa toalha para chá que o baixista Alex James comprou para o vocalista Damon Albarn, aos poucos engloba a previsão do tempo na costa britânica para barcos, transmitida pela BBC, sobre um pesaroso acompanhamento musical de um motor de popa.
Parklife continua sendo o trabalho mais coerente do Blur, firmemente enraizado no passado, mas soando estridentemente moderno.
(texto extraído da coluna Overdrive de Erasmo Junior - Folha da Manhã)


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The Stone Roses - The Stones Roses (1989)



Muitos consideram este disco, um dos mais influentes álbuns de todos os tempos. Instigante, melódico, dançante e com cheiro de inovação. Numa década que o rock parecia sucumbir ante a música eletrônica, o pop descartável e a house music dos grandes clubes, ele nos faz sentir vivo de novo. Cada faixa é uma viagem pelo melhor que o rock britânico ja produziu, jogados num processador pelo produtor Peter Hook (New Order), amparado por loops e sequências viciantes das batidas eletrônicas. Mas não se engane. Por debaixo dessa camada de modernidade, o bom e velho rock and roll reina tranquilo, com guitarras inspiradíssimas de John Squire, a cozinha baixo-bateria perfeita e o vocal preguiçoso e cheio de originalidade de Ian Brown.
Algumas listas o colocam como o melhor de todos os tempos. À frente até dos incontestáveis Beatles, Beach Boys, The Smiths e Rolling Stones.
Dá para ficar em dúvida....

Killing Chainsaw - Killing Chainsaw (1992)


Quem teve a oportunidade de ver o Killing Chainsaw, na década de 90, nas casas alternativas ou em
festivais, como o "Junta-Tribo", sabe que a performance da banda ao vivo era uma catarse.
Se o Pin Ups exalava um ar meio arrogante no palco, os piracicabanos eram mais
acessíveis ao público e conquistavam o público indie com sua simpatia e guitarras repletas de microfonia.  
Esse álbum de estréia (apesar da produção não conseguir transpor toda energia da banda para o LP), se tornou de cara um clássico da música independente no Brasil.
Com títulos inspirados, músicas como "Jessica Rabbit", "Marty McFly", "Fuck You Gently (With a Chainsaw)" e as ótimas "HeadHunter" e "Raise", fizeram a galera pular muito nas nossas festinhas 
de garagem.
Baixa agora e seja feliz! 


Jim Steranko, um ícone dos Quadrinhos.

De acordo com sua biografia autorizada, os avós de Jim Steranko emigraram da Ucrânia e se estabeleceram na Pensilvânia. O pai de Steranko co...